terça-feira, 29 de setembro de 2020

Programa e Cronograma do curso

Objetivos 
O objetivo central desta disciplina é abordar, sob a perspectiva histórica, filosófica, sociológica, cultural, curricular, avaliativa, política e/ou administrativa, questões educacionais de âmbito nacional e internacional, redimensionando, pelo conhecimento e pela comparação, o seu significado e favorecendo uma melhor compreensão do contexto brasileiro na sua multiplicidade. 

Programa 
1. Natureza, objetivos e métodos de comparação em educação. 
1.1. Perspectivas e métodos em educação comparada. 
1.2. Parâmetros internacionais em educação comparada: categorias e indicadores. 
1.3. A história da educação comparada como campo disciplinar e campo auxiliar para elaboração de políticas públicas. 

2. Mundialização, Internacionalização e Globalização: comparação e análise das tendências internacionais em educação. 
2.1. Tratados, convenções, conferências, estudos e produção de indicadores internacionais e de metodologias de avaliação. 
2.2. Os organismos multilaterais e os sistemas educacionais. 

3. Dimensões atuais da comparação na história da educação: globalização e particularização. 
3.1. Perspectivas da difusão: o institucionalismo e a cultura mundial da escolarização. 
3.2. Perspectivas críticas: a agenda global do capitalismo e a educação. 
3.3. Perspectivas da apropriação, internalização ou externalização: as práticas discursivas da escola na modernidade. 

4. Tópicos de Educação Comparada: 
4.1. Aspectos de organização, financiamento e gestão de sistemas educacionais. 
4.2. Formação de educadores. 
4.3. Avaliação e indicadores de qualidade. 
4.4. Questões sociais, culturais, históricas e filosóficas da educação 

Métodos Utilizados 
Aulas virtuais, relatos de experiência de pesquisadores brasileiros e estrangeiros sobre o tema. 

Setembro 

Dia 15 (Aula 1) – Apresentação do Curso Educação Comparada 
a) Apresentação da professora; 
b) Apresentação dos alunos e das alunas; 
c) Levantamento dos interesses sobre o que estudar na disciplina intitulada Educação Comparada. 

Atividade  – Ver o documentário: Globalização Milton Santos - O mundo global visto do lado de cá. https://www.youtube.com/watch?v=-UUB5DW_mnM
 
O mundo global visto do lado de cá, documentário do cineasta brasileiro Sílvio Tendler, discute os problemas da globalização sob a perspectiva das periferias (seja o terceiro mundo, seja comunidades carentes). O filme é conduzido por uma entrevista com o geógrafo e intelectual baiano Milton Santos, gravada quatro meses antes de sua morte. O cineasta conheceu Milton Santos em 1995, e desde então tinha planos para filmar o geógrafo. Os anos foram passando e, somente em 2001, Tendler realizou o que seria a última entrevista de Milton (que viria a morrer cinco meses depois). Baseado nesse primeiro ponto de partida o documentário procura explicar, ou até mesmo elucidar, essa tal Globalização da qual tanto ouvimos falar. 
O documentário percorre algumas trilhas desses caminhos apontados por Milton, vemos movimentos na Bolívia, na França, México e chegamos ao Brasil, na periferia de Brasília. Em Ceilândia, a câmera nos mostra pessoas dispostas a mudar as manchetes dos jornais que só falam da comunidade para retratar a violência local. Adirley Queiroz, ex-jogador de futebol, hoje cineasta, estudou os textos de Milton e procura novos caminhos para fugir do 'sistema' ou do Globaritarismo -- termo criado por Milton Santos para designar a nova ordem mundial. Milton Almeida dos Santos (Brotas de Macaúbas, 3 de maio de 1926 - São Paulo, 24 de junho de 2001) foi um geógrafo brasileiro. Apesar de ter se graduado em direito, Milton destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da geografia, em especial nos estudos de urbanização do Terceiro Mundo. Foi um dos grandes nomes da renovação da geografia no Brasil ocorrida na década de 1970. 

Atividade individual  - Elaborar três ideias interessantes do documentário 

Dia 22 (Aula 2) – Por uma outra globalização 
Atividade 1 – Apresentação do Programa do Curso 
Atividade 2 – Discussão do Tema Globalização e Educação documentário 

Bibliografia 
DALE, Roger. Globalização e educação: demonstrando a existência de uma cultura educacional mundial comum ou localizando uma agenda globalmente estruturada para a educação? Educação, Sociedade & Culturas. Lisboa, 2001. N.16, p.133-160. 

Dia 29 (Aula 3) – O sentido da Educação Comparada 

Bibliografia 
FERREIRA, António Gomes. O sentido da Educação Comparada: Uma compreensão sobre a construção de uma identidade. Educação, Porto Alegre, v. 31, n. 2, p. 124-138, maio/ago. 2008. revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/download/2764/2111 

KAZAMIAS, Andreas M. Homens esquecidos, temas esquecidos: os temas histórico-filosófico-culturais e liberais humanistas em Educação Comparada. In: Cowen, Robert; Kazamias, Andreas M; Ulterhalter, Eliane (Orgs). Educação comparada: panorama internacional e perspectivas; v.1, p. 55-79, Brasília: UNESCO, CAPES, 2012. http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/educacao_comparada_panorama_internacional_e_perspectivas_volume_1/ 
Atividade individual - elaborar tres ideais interessantes

Outubro 

Dia 06 (Aula 4) – Semana da Educação
 
“Pontes abertas: escola e democracia- a urgência de um debate”  https://www.se-feusp.online/
Participar de alguma atividade da Semana 

Dia 13 (Aula 5) – História da Educação & Comparação 
Atividade 1 – Relato de Experiência – Estatísticas na Primeira República: tentativas de cooperação federativa no Brasil. 
Convidada Profa. Dra.  Sandra Maria Caldeira Machado.
Bibliografia 
MACHADO, Sandra Maria Caldeira. Os serviços estatísticos em Minas Gerais na produção, classificação e consolidação da instrução pública primária (1871-1931). Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo. 2008, pg. 93-126. Apresentação: http://www.google.com.br/urlsa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=13&ved=0CEAQFjAMahUKEwjcrP4s5PHAhWHk5AKHfDvCpw&url=http%3A%2F%2Fwww.teses.usp.br%2Fteses%2Fdisponiveis%2F48%2F48134%2Ftde16062008141257%2Fpublico%2FComeco.pdf&ei=TcXCVZzSNoenwgTw36vgCQ&usg=AFQjCNFKFWcM0UPRbz-ZpeTVboSjxJzlbw&bvm=bv.99556055,d.Y2I Dissertação: file:///C:/Users/User/Downloads/Dissertacao.pdf 

Dia 20 (Aula 6) – Educação & Comparação – Como construir comparáveis? 

Bibliografia 
DETIENNNE, M. Construir comparáveis. In: _____. Comparar o incomparável. São Paulo: Ideias e Letras, 2004, p. 45-68. 
GVIRTZ, Silvina; VIDAL, Diana; BICCAS, Maurilane. As reformas educativas como objeto de pesquisa em história comparada da educação na Argentina e no Brasil. In.:VIDAL, Diana e ASCOLANI, Adrián (Orgs.). Reformas Educativas no Brasil e na Argentina: ensaios de história comparada da educação (1820-2000). Editora Cortez, 2009, p.13-42. 
Atividade individual - Três ideias interessantes 

Dia 27 (Aula 7) – Reformas Educacionais Contemporâneas 

Bibliografia 
a) Entrevista com Helena Bomeny, professora de Sociologia da UERJ. Parte 1; Programa complementar ao curso de Pedagogia Univesp / Unesp https://goo.gl/7sghy2 
b) Entrevista gravada em 2008. https://www.youtube.com/watch?v=Vo93Oxf72zA 
c) Entrevista com Helena Bomeny, professora de Sociologia da UERJ. Parte 2 
d) Programa complementar ao curso de Pedagogia Univesp / Unesp https://goo.gl/7sghy2 Entrevista gravada em 2008. https://www.youtube.com/watch?v=b15Y5lHwpFQ 
e) Professor da USP Vitor Paro, faz críticas ao sistema educacional do Brasil Publicado pela primeira vez na internet em 14/08/2013 – TV Senado https://www.youtube.com/watch?v=JiE8Ais3EWI 
MAUÉS, Olgaíses Cabral; JUNIOR, William Pessoa da Mota. O Banco Mundial e as Políticas Educacionais Brasileiras. Educação & Realidade. V. 39, n. 4, 2014 https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/40923 
GONÇALVES, Iraci B. O Banco Mundial e as Políticas Educacionais. https://www.ifgoiano.edu.br/periodicos/index.php/ciclo/article/view/225/138 
Atividade individual - Três ideias interessantes  

Novembro 
Dia 03 (Aula 08) – Educação e Comparação 

Bibliografia
AMARAL, Marcelo Parreira. Tendências, desafios e potenciais da educação internacional e comparada na atualidade. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos / Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. v. 96, n. 243, (maio/agosto). – Brasília, 2015, p. 259-281 http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/3769/222 
FILHO, Lourenço Manoel. Educação Comparada. INEP, 2004. link:http://portal.inep.gov.br/documents/186968/484703/Educa%C3%A7%C3%A3o+comparada/ca5b1abe-127c-4e72-8c09-642fa836f3e8?version=1.3 
Conhecer e analisar a educação 10 países do mundo: Inglaterra, França, Itália, EUA, URSS, Japão, Índia, Argentina, Alemanha e México 
Atividade indivual - três ideias interessantes

Dia 10 (Aula 09) – Análise do PISA e do Estudo Comparativo 
Tema - PISA Pisa (Internacional) Programme for International Student Assessment Este programa visa avaliar a capacidade dos jovens de 15 anos no uso dos seus conhecimentos, de forma a enfrentarem os desafios da vida real, em vez de simplesmente avaliar o domínio que detêm sobre os conteúdos do seu currículo escolar específico. 

Bibliografia 
SOARES, Sergei Suarez Dillon. NASCIMENTO, Paulo A. Meyer M. Evolução do desempenho cognitivo do Brasil de 2000 a 2009 face aos demais países. Instituto de Pesquisas Aplicadas, Brasilia, 2001. http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1641.pdf 
Vídeo sobre o Pisa PISA - Programa Internacional de Avaliação Comparada https://www.youtube.com/watch?v=W21Q7eKVoeE 
COSTA, Estela. AFONSO, Natercio. Os instrumentos de regulação baseados no conhecimento: o Caso do PROGRAMME FOR INTERNATIONAL STUDENT ASSESSMENT (PISA). Educação Sociedade, Campinas, vol. 30, n. 109, p. 1037-1055, set./dez. 2009 1037 Disponível em http://www.scielo.br/pdf/es/v30n109/v30n109a06.pdf 
Atividade individual - elaborar tres atividades interessantes

Dia 17 (Aula 10) – Análise de países que participam no PISA 
a) Destino - Brasil 
O Brasil entrou com o pé direito no século XXI para deixar de ser só uma promessa. Fortalecimento da moeda, queda da inflação, aumento das exportações viraram manchetes de jornais. Mas qual a relação entre este período de bons resultados na economia e melhorias efetivas em termos de educação? Como o líder econômico e político da América Latina pode virar também uma referência em educação? O Brasil ainda não passou no teste, mas se a transformação está a caminho, iremos mostrar os bons passos dados na direção certa. E a partir daí ajudar a entender melhor como cada um dos alunos brasileiros poderá ter uma educação realmente de qualidade. É fundamental trazer para o seminário os tipos diferenciados de escolas criadas pelos movimentos sociais e que foram assegurados pelas políticas públicas, exemplos: escolas indígenas, quilombola, MST, etc. http://www.youtube.com/watch?v=qhD1V1gqwP8 Avaliação nacional - Saeb - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=210&Itemid=324 Publicações - http://www.publicacoes.inep.gov.br/resultados.asp?cat=6&subcat=4 

Dia 24 – (Aula 11) – Análise de países que particpam no PISA 
a) Destino - Chile 
Uma estranha sensação de surpresa e confusão atinge o mundo da política educacional na América Latina. O Chile, país que por muitos anos vimos como o paladino do progresso educativo está hoje imerso em um debate profundo sobre o futuro de seu sistema educacional. A intensidade do debate no faz questionar se estivemos enganados em nossa admiração e se não estamos, subitamente, acordando para uma realidade muito mais negativa. Felizmente, não se trata de tal pesadelo. O sistema educativo chileno obteve conquistas muito importantes, muito maiores que as do resto de nosso continente. Por exemplo, hoje a maioria das crianças chilenas pode ter certeza de que vai concluir pelo menos 12 anos de educação, muito mais do que a média do restante da região. Na prova PISA 2012 da OCDE, os estudantes chilenos se destacaram entre os demais latino-americanos, conseguindo pontuações mais altas do que as de seus colegas dos outros sete países que participaram. Além disso, os resultados do Chile na PISA vêm melhorando desde 2000, principalmente até 2009. http://www.youtube.com/watch?v=qM3J3f6bU2U&feature=endscreen 

b) Destino – Coreia 
Primeiro o domínio japonês. E o povo superou o desafio. Depois da Segunda Guerra, os conflitos com o norte. Mais uma vez, a volta por cima. No início da década de 60, a Coréia era tão desenvolvida quanto o Afeganistão de hoje, segundo Andreas Schleicher. Se o assunto é superação, pulemos para 2010. Em apenas meio século, este mesmo país se torna um exemplo de desenvolvimento econômico e social. No último PISA, aparece com uma das melhores notas. Descobrir como a educação de qualidade se tornou uma marca da sociedade coreana é, sem dúvida, uma missão. E das mais interessantes. Descobrir o quanto podemos aprender e nos inspirar em uma cultura tão diferente é outro desafio. O programa terá como um dos protagonistas os alunos. Por meio do olhar deles, quem está em casa irá conhecer a rotina de 8 horas na escola, as tarefas de casa, a competição em sala de aula, a rigorosa disciplina e o uso da tecnologia como aliada no aprendizado. Nesse enredo, os professores muito respeitados, bem preparados e avaliados periodicamente também entram em cena, ao lado dos pais. E em especial das mães. Sim, elas têm papel importante na formação dos filhos e costumam visitar a escola de 4 a 5 vezes por ano. Para pagar o reforço escolar, fazem inclusive empréstimos. Tanta dedicação tem um preço alto. Chegam a admitir castigos físicos em sala de aula. Mas até onde se deve ir para melhorar o aprendizado? Será que a Coréia está formando adultos ricos e conscientes em conhecimento? Ou apenas profissionais qualificados e exportando mão de obra? Onde entra todo o humanismo de Confúcio nisso? http://www.youtube.com/watch?v=EavGDbIUiEE 

Dezembro 

Dia 01 - (Aula 12) - Análise de países que participam do PISA 

a) Destino - Canadá 
É mesmo difícil ocupar quase 10 milhões de Km². Talvez por isso, enquanto a maioria dos países desenvolvidos fechou suas portas para os imigrantes, o Canadá sempre esteve de braços abertos. Mas não para qualquer um. Na última década, o governo vem concedendo aos estrangeiros com qualificação quase todos os direitos conquistados pelos canadenses. Incluindo ensino de qualidade para seus filhos. Uma forma de compensar a carência por profissionais especializados, especialmente por conta do envelhecimento da população e baixa taxa de natalidade. Num país com duas línguas oficiais e sem Ministério da Educação, pais de alunos estrangeiros falam se o sistema é mesmo universal e avaliam o desempenho de seus rebentos, não muito diferente dos estudantes com certidão de nascimento canadense. Especialistas discutem qual o impacto de uma política de educação descentralizada. Por lá, o que cada província decide com relação a orçamento e currículo é lei. Uma delas é a obrigatoriedade de estudar por pelo menos dez anos em grande parte do território. Falam ainda sobre monitoramento e nivelamento do desempenho das escolas, a cooperação entre elas e sobre a fórmula de incentivar as com baixo rendimento, sem castigo nem palmatória. Será que tudo isso ajudou o país a ficar entre os mais bem colocados em todas as edições do PISA e em outras avaliações internacionais? O espectador vai acompanhar de perto como se tornar professor no Canadá pode ser tão difícil quanto enfrentar o seu inverno rigoroso, apesar de ganharem salários acima da média nacional. E se essas restrições mudam a arte de ensinar e aprender. A partir do dia-a-dia de jovens estudantes canadenses, vai ser possível avaliar o papel da família e se vale mesmo a pena passar mais tempo dentro da sala de aula do que fora dela. http://www.youtube.com/watch?v=Sl7heh6blZY 

b) Destino - EUA 
 O sistema de educação americano oferece uma grande variedade de escolhas para os estudantes internacionais. Há tal variedade de escolas, cursos e locais, que as escolhas podem confundir os estudantes, até mesmo os americanos. Ao começar a buscar uma escola, é importante se familiarizar com o sistema de educação americano. Entender o sistema o ajudará a definir melhor suas escolhas e elaborar um plano de educação. https://www.studyusa.com/pt/a/28/o-sistema-de-educao-americano 

Filme – Waiting for Superman 
Este filme do diretor Davis Guggenheim investiga o sistema de escolas públicas nos Estados Unidos , e revela as muitas maneiras em que a educação na América diminuiu. Em vez de depender em grande parte, estatísticas e opiniões de especialistas, Guggenheim concentra-se em cinco estudantes - Anthony, Bianca, Daisy, Emily e Francisco - retratando suas próprias lutas e triunfos individuais dentro de ambientes acadêmicos atormentado de problemas onde não existem soluções fáceis para a miríade questões que os afetam. https://www.youtube.com/watch?v=ZKTfaro96dg 

Dia 08 - (Aula 13) – Análise do sistema educacional

a) Destino - Cuba 
O Banco Mundial publicou recentemente um informe com os resultados de uma profunda investigação sobre o sistema educativo dos países da América Latina e Caribe apontando também os principais desafios a serem superados. Segundo o documento nenhum sistema escolar latino-americano, com exceção de Cuba, pode ser incluído dentro dos parâmetros que regem a educação de qualidade em níveis globais. Na América Latina o número de pessoas envolvidas na educação básica (pré-escolar, primária e secundária) soma sete milhões e cerca de 20% são de trabalhadores técnicos e professores. Seus salários consomem 4% do PIB do continente e as condições de trabalho variam de um país para outro. Ainda segundo o relatório os educadores são, na maioria, mal remunerados, sendo que 75% são mulheres, todas oriundas de classe social modesta. Também constata que o corpo docente passa dos 40 anos de idade e é considerado envelhecido. Este foi o primeiro país da América Latina a atingir as metas da educação segundo o relatório de monitoramento da Unesco http://www.todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/33289/cuba-e-unico-latino-americano-a-atingir-metas-de-educacao-diz-unesco/ 

b) Destino - Moçambique 
Com a aproximação do ano de 2015, urge apresentar o ponto de situação do cumprimento dos objetivos da Educação para Todos acordados em Dakar. O presente relatório nacional, visa avaliar o trabalho realizado pelo sector da Educação em Moçambique, entre 2000 e 2014, para o alcance dos 6 objetivos da EPT, cuja finalidade é assegurar que todos os cidadãos tenham acesso à educação básica de qualidade, até o ano de 2015. Em 2000, altura em que se adotou a Declaração de Dakar, o país encontrava-se numa situação econômica difícil. Com efeito, apesar do crescimento da economia que rondava os 7% o país debatia-se com um peso excessivo da dívida externa cujo serviço absorvia cerca de 30% do Orçamento corrente do Estado. Na altura, o sector da Educação estava no processo de reposição da rede escolar destruída pela guerra, terminada em 1992. Em 1999, Moçambique tornou-se elegível para participar da iniciativa de alívio à dívida (HIPC) que permitiu libertar fundos para os programas sociais, incluindo programas da Educação. Ao longo do período em análise, o sector definiu 3 áreas prioritárias de ação nomeadamente a expansão equitativa do acesso à educação, a elevação da qualidade de ensino e o reforço da capacidade institucional e de gestão do sistema. Progressos alcançados http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002317/231723por.pdf 

Dia 15 - (Aula 14) – Análise de países que participam do PISA 

a) Destino - Xanga
Xangai até parece um país. Por lá vivem 20 milhões de pessoas. Os números também impressionam no PISA. Uma das províncias mais desenvolvidas da China levou a melhor nota na última avaliação. Com liberdade para inovar e adaptar as rígidas regras do governo, Xangai tem conseguido oferecer uma educação de qualidade excepcional para os seus alunos. Inclusive para os migrantes. E luta para fazer com que seus estudantes sejam cada vez mais formuladores, e não repetidores. Nesse episódio, vamos conhecer estudantes nota 10, pais exigentes, professores pra lá de qualificados. Por lá, a dedicação ao ensino é tão levada a sério que o Estado precisou criar leis e limitar as horas de estudo em casa. Tanto esforço tem bases históricas e culturais: vamos tentar entender o quanto a ênfase nos exames como mecanismo de ascensão social ao longo da história é um fato decisivo na prioridade das famílias à educação. Quem pensa que os professores aposentados querem distância das salas de aula, engana-se. Na nova etapa da vida, eles se tornam tutores. E isso faz tanta diferença quanto as melhores escolas se responsabilizarem pelas piores. Projetos inovadores como este se multiplicam. No lugar onde o mundo aprendeu a se orientar pela bússola, a valorizar a tradição, a cultura, vamos tentar aprender um pouco sobre a arte de transmitir conhecimentos. http://www.youtube.com/watch?v=KsVHLPIid5s 

b) Destino - Finlândia 
 “Todos os nossos recursos naturais se resumem à madeira, água e muito frio. Essa é a nossa receita para [fazer] a melhor Educação no mundo”, brinca o finlandês Jarkko Wickstrom, diretor de Operações da Finland University na América Latina. “A brincadeira com os recursos naturais é só para ilustrar que não foi fácil também chegar onde chegamos. É preciso ter criatividade”, afirma. Reconhecida como modelo bem-sucedido de Educação pública – por quatro anos consecutivos, o país ficou entre os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) – há um lado da Finlândia que é normalmente deixado de fora da conversa. Mas ele nos mostra que mesmo em cenários socioeconômicos conturbados, investimentos conscientes e políticas com continuidade podem fazer a diferença. http://www.youtube.com/watch?v=fIZrEgsjUXE&feature=endscreen 

• Avaliação e entrega dos trabalhos

Um comentário:

  1. Uau, Lane... que belo programa... uma viagem pela educação do planeta! Adorei.!!!

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