terça-feira, 15 de setembro de 2020

Por que os estudantes brasileiros foram mal no PISA 2018

Por Elida Oliveira e Ana Carolina Moreno, G1

 


Os resultados negativos do Brasil na edição 2018 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), divulgados nesta terça-feira (3), podem não ser uma consequência apenas da falta de conhecimento por parte dos estudantes que fizeram a prova.

Segundo Naercio Menezes Filho, professor do Insper, em São Paulo, na edição de 2015, a maioria dos brasileiros nem sequer abriu todas as questões para respondê-las. Ele aponta que os estudantes podem desistir da resolução da prova porque encontram dificuldade no nível das perguntas, porque não são estimulados a se dedicar ao teste, ou porque não têm habilidades socioemocionais, como garra e resiliência.

Os dados do Pisa apontam que 68% dos estudantes não souberam o básico de matemática50,1% apresentaram baixo desempenho em leitura 55,3%, baixo desempenho em ciência.

Menezes e outros três pesquisadores publicaram, no ano passado, um estudo com base nos dados do Pisa 2015, a primeira edição em que a prova foi aplicada no Brasil totalmente no computador. Na edição mais recente, a mesma metodologia foi reaplicada.

"Nós descobrimos que os alunos brasileiros vão mal no Pisa em parte porque nem abrem as questões para respondê-las", afirmou Naercio Menezes, do Insper, sobre os dados da edição 2015 da prova.

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