quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Livro o Roubo da Historia de Jack Goody



Revista de Teoria da História Ano 3, Número 6, dez/2011 Universidade Federal de Goiás ISSN: 2175-5892 230 

Resenha 
HISTÓRIA: COMO PERCEBÊ-LA PARA COMPREENDERMOS O OUTRO? Alexandre Cursino de Oliveira 

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Discurso de Malala Yousafzai nas Nações Unidas sobre educação da meninas


Malala Yousafzai, la joven a quien el Talibán le disparó en 2012 por defender el derecho de las niñas a la educación, habla en las Naciones Unidas.

                                                                                                                    https://www.youtube.com/watch?v=



Programa e Cronograma do curso

Objetivos 
O objetivo central desta disciplina é abordar, sob a perspectiva histórica, filosófica, sociológica, cultural, curricular, avaliativa, política e/ou administrativa, questões educacionais de âmbito nacional e internacional, redimensionando, pelo conhecimento e pela comparação, o seu significado e favorecendo uma melhor compreensão do contexto brasileiro na sua multiplicidade. 

Programa 
1. Natureza, objetivos e métodos de comparação em educação. 
1.1. Perspectivas e métodos em educação comparada. 
1.2. Parâmetros internacionais em educação comparada: categorias e indicadores. 
1.3. A história da educação comparada como campo disciplinar e campo auxiliar para elaboração de políticas públicas. 

2. Mundialização, Internacionalização e Globalização: comparação e análise das tendências internacionais em educação. 
2.1. Tratados, convenções, conferências, estudos e produção de indicadores internacionais e de metodologias de avaliação. 
2.2. Os organismos multilaterais e os sistemas educacionais. 

3. Dimensões atuais da comparação na história da educação: globalização e particularização. 
3.1. Perspectivas da difusão: o institucionalismo e a cultura mundial da escolarização. 
3.2. Perspectivas críticas: a agenda global do capitalismo e a educação. 
3.3. Perspectivas da apropriação, internalização ou externalização: as práticas discursivas da escola na modernidade. 

4. Tópicos de Educação Comparada: 
4.1. Aspectos de organização, financiamento e gestão de sistemas educacionais. 
4.2. Formação de educadores. 
4.3. Avaliação e indicadores de qualidade. 
4.4. Questões sociais, culturais, históricas e filosóficas da educação 

Métodos Utilizados 
Aulas virtuais, relatos de experiência de pesquisadores brasileiros e estrangeiros sobre o tema. 

Setembro 

Dia 15 (Aula 1) – Apresentação do Curso Educação Comparada 
a) Apresentação da professora; 
b) Apresentação dos alunos e das alunas; 
c) Levantamento dos interesses sobre o que estudar na disciplina intitulada Educação Comparada. 

Atividade  – Ver o documentário: Globalização Milton Santos - O mundo global visto do lado de cá. https://www.youtube.com/watch?v=-UUB5DW_mnM
 
O mundo global visto do lado de cá, documentário do cineasta brasileiro Sílvio Tendler, discute os problemas da globalização sob a perspectiva das periferias (seja o terceiro mundo, seja comunidades carentes). O filme é conduzido por uma entrevista com o geógrafo e intelectual baiano Milton Santos, gravada quatro meses antes de sua morte. O cineasta conheceu Milton Santos em 1995, e desde então tinha planos para filmar o geógrafo. Os anos foram passando e, somente em 2001, Tendler realizou o que seria a última entrevista de Milton (que viria a morrer cinco meses depois). Baseado nesse primeiro ponto de partida o documentário procura explicar, ou até mesmo elucidar, essa tal Globalização da qual tanto ouvimos falar. 
O documentário percorre algumas trilhas desses caminhos apontados por Milton, vemos movimentos na Bolívia, na França, México e chegamos ao Brasil, na periferia de Brasília. Em Ceilândia, a câmera nos mostra pessoas dispostas a mudar as manchetes dos jornais que só falam da comunidade para retratar a violência local. Adirley Queiroz, ex-jogador de futebol, hoje cineasta, estudou os textos de Milton e procura novos caminhos para fugir do 'sistema' ou do Globaritarismo -- termo criado por Milton Santos para designar a nova ordem mundial. Milton Almeida dos Santos (Brotas de Macaúbas, 3 de maio de 1926 - São Paulo, 24 de junho de 2001) foi um geógrafo brasileiro. Apesar de ter se graduado em direito, Milton destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da geografia, em especial nos estudos de urbanização do Terceiro Mundo. Foi um dos grandes nomes da renovação da geografia no Brasil ocorrida na década de 1970. 

Atividade individual  - Elaborar três ideias interessantes do documentário 

Dia 22 (Aula 2) – Por uma outra globalização 
Atividade 1 – Apresentação do Programa do Curso 
Atividade 2 – Discussão do Tema Globalização e Educação documentário 

Bibliografia 
DALE, Roger. Globalização e educação: demonstrando a existência de uma cultura educacional mundial comum ou localizando uma agenda globalmente estruturada para a educação? Educação, Sociedade & Culturas. Lisboa, 2001. N.16, p.133-160. 

Dia 29 (Aula 3) – O sentido da Educação Comparada 

Bibliografia 
FERREIRA, António Gomes. O sentido da Educação Comparada: Uma compreensão sobre a construção de uma identidade. Educação, Porto Alegre, v. 31, n. 2, p. 124-138, maio/ago. 2008. revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/download/2764/2111 

KAZAMIAS, Andreas M. Homens esquecidos, temas esquecidos: os temas histórico-filosófico-culturais e liberais humanistas em Educação Comparada. In: Cowen, Robert; Kazamias, Andreas M; Ulterhalter, Eliane (Orgs). Educação comparada: panorama internacional e perspectivas; v.1, p. 55-79, Brasília: UNESCO, CAPES, 2012. http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/educacao_comparada_panorama_internacional_e_perspectivas_volume_1/ 
Atividade individual - elaborar tres ideais interessantes

Outubro 

Dia 06 (Aula 4) – Semana da Educação
 
“Pontes abertas: escola e democracia- a urgência de um debate”  https://www.se-feusp.online/
Participar de alguma atividade da Semana 

Dia 13 (Aula 5) – História da Educação & Comparação 
Atividade 1 – Relato de Experiência – Estatísticas na Primeira República: tentativas de cooperação federativa no Brasil. 
Convidada Profa. Dra.  Sandra Maria Caldeira Machado.
Bibliografia 
MACHADO, Sandra Maria Caldeira. Os serviços estatísticos em Minas Gerais na produção, classificação e consolidação da instrução pública primária (1871-1931). Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo. 2008, pg. 93-126. Apresentação: http://www.google.com.br/urlsa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=13&ved=0CEAQFjAMahUKEwjcrP4s5PHAhWHk5AKHfDvCpw&url=http%3A%2F%2Fwww.teses.usp.br%2Fteses%2Fdisponiveis%2F48%2F48134%2Ftde16062008141257%2Fpublico%2FComeco.pdf&ei=TcXCVZzSNoenwgTw36vgCQ&usg=AFQjCNFKFWcM0UPRbz-ZpeTVboSjxJzlbw&bvm=bv.99556055,d.Y2I Dissertação: file:///C:/Users/User/Downloads/Dissertacao.pdf 

Dia 20 (Aula 6) – Educação & Comparação – Como construir comparáveis? 

Bibliografia 
DETIENNNE, M. Construir comparáveis. In: _____. Comparar o incomparável. São Paulo: Ideias e Letras, 2004, p. 45-68. 
GVIRTZ, Silvina; VIDAL, Diana; BICCAS, Maurilane. As reformas educativas como objeto de pesquisa em história comparada da educação na Argentina e no Brasil. In.:VIDAL, Diana e ASCOLANI, Adrián (Orgs.). Reformas Educativas no Brasil e na Argentina: ensaios de história comparada da educação (1820-2000). Editora Cortez, 2009, p.13-42. 
Atividade individual - Três ideias interessantes 

Dia 27 (Aula 7) – Reformas Educacionais Contemporâneas 

Bibliografia 
a) Entrevista com Helena Bomeny, professora de Sociologia da UERJ. Parte 1; Programa complementar ao curso de Pedagogia Univesp / Unesp https://goo.gl/7sghy2 
b) Entrevista gravada em 2008. https://www.youtube.com/watch?v=Vo93Oxf72zA 
c) Entrevista com Helena Bomeny, professora de Sociologia da UERJ. Parte 2 
d) Programa complementar ao curso de Pedagogia Univesp / Unesp https://goo.gl/7sghy2 Entrevista gravada em 2008. https://www.youtube.com/watch?v=b15Y5lHwpFQ 
e) Professor da USP Vitor Paro, faz críticas ao sistema educacional do Brasil Publicado pela primeira vez na internet em 14/08/2013 – TV Senado https://www.youtube.com/watch?v=JiE8Ais3EWI 
MAUÉS, Olgaíses Cabral; JUNIOR, William Pessoa da Mota. O Banco Mundial e as Políticas Educacionais Brasileiras. Educação & Realidade. V. 39, n. 4, 2014 https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/40923 
GONÇALVES, Iraci B. O Banco Mundial e as Políticas Educacionais. https://www.ifgoiano.edu.br/periodicos/index.php/ciclo/article/view/225/138 
Atividade individual - Três ideias interessantes  

Novembro 
Dia 03 (Aula 08) – Educação e Comparação 

Bibliografia
AMARAL, Marcelo Parreira. Tendências, desafios e potenciais da educação internacional e comparada na atualidade. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos / Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. v. 96, n. 243, (maio/agosto). – Brasília, 2015, p. 259-281 http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/3769/222 
FILHO, Lourenço Manoel. Educação Comparada. INEP, 2004. link:http://portal.inep.gov.br/documents/186968/484703/Educa%C3%A7%C3%A3o+comparada/ca5b1abe-127c-4e72-8c09-642fa836f3e8?version=1.3 
Conhecer e analisar a educação 10 países do mundo: Inglaterra, França, Itália, EUA, URSS, Japão, Índia, Argentina, Alemanha e México 
Atividade indivual - três ideias interessantes

Dia 10 (Aula 09) – Análise do PISA e do Estudo Comparativo 
Tema - PISA Pisa (Internacional) Programme for International Student Assessment Este programa visa avaliar a capacidade dos jovens de 15 anos no uso dos seus conhecimentos, de forma a enfrentarem os desafios da vida real, em vez de simplesmente avaliar o domínio que detêm sobre os conteúdos do seu currículo escolar específico. 

Bibliografia 
SOARES, Sergei Suarez Dillon. NASCIMENTO, Paulo A. Meyer M. Evolução do desempenho cognitivo do Brasil de 2000 a 2009 face aos demais países. Instituto de Pesquisas Aplicadas, Brasilia, 2001. http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1641.pdf 
Vídeo sobre o Pisa PISA - Programa Internacional de Avaliação Comparada https://www.youtube.com/watch?v=W21Q7eKVoeE 
COSTA, Estela. AFONSO, Natercio. Os instrumentos de regulação baseados no conhecimento: o Caso do PROGRAMME FOR INTERNATIONAL STUDENT ASSESSMENT (PISA). Educação Sociedade, Campinas, vol. 30, n. 109, p. 1037-1055, set./dez. 2009 1037 Disponível em http://www.scielo.br/pdf/es/v30n109/v30n109a06.pdf 
Atividade individual - elaborar tres atividades interessantes

Dia 17 (Aula 10) – Análise de países que participam no PISA 
a) Destino - Brasil 
O Brasil entrou com o pé direito no século XXI para deixar de ser só uma promessa. Fortalecimento da moeda, queda da inflação, aumento das exportações viraram manchetes de jornais. Mas qual a relação entre este período de bons resultados na economia e melhorias efetivas em termos de educação? Como o líder econômico e político da América Latina pode virar também uma referência em educação? O Brasil ainda não passou no teste, mas se a transformação está a caminho, iremos mostrar os bons passos dados na direção certa. E a partir daí ajudar a entender melhor como cada um dos alunos brasileiros poderá ter uma educação realmente de qualidade. É fundamental trazer para o seminário os tipos diferenciados de escolas criadas pelos movimentos sociais e que foram assegurados pelas políticas públicas, exemplos: escolas indígenas, quilombola, MST, etc. http://www.youtube.com/watch?v=qhD1V1gqwP8 Avaliação nacional - Saeb - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=210&Itemid=324 Publicações - http://www.publicacoes.inep.gov.br/resultados.asp?cat=6&subcat=4 

Dia 24 – (Aula 11) – Análise de países que particpam no PISA 
a) Destino - Chile 
Uma estranha sensação de surpresa e confusão atinge o mundo da política educacional na América Latina. O Chile, país que por muitos anos vimos como o paladino do progresso educativo está hoje imerso em um debate profundo sobre o futuro de seu sistema educacional. A intensidade do debate no faz questionar se estivemos enganados em nossa admiração e se não estamos, subitamente, acordando para uma realidade muito mais negativa. Felizmente, não se trata de tal pesadelo. O sistema educativo chileno obteve conquistas muito importantes, muito maiores que as do resto de nosso continente. Por exemplo, hoje a maioria das crianças chilenas pode ter certeza de que vai concluir pelo menos 12 anos de educação, muito mais do que a média do restante da região. Na prova PISA 2012 da OCDE, os estudantes chilenos se destacaram entre os demais latino-americanos, conseguindo pontuações mais altas do que as de seus colegas dos outros sete países que participaram. Além disso, os resultados do Chile na PISA vêm melhorando desde 2000, principalmente até 2009. http://www.youtube.com/watch?v=qM3J3f6bU2U&feature=endscreen 

b) Destino – Coreia 
Primeiro o domínio japonês. E o povo superou o desafio. Depois da Segunda Guerra, os conflitos com o norte. Mais uma vez, a volta por cima. No início da década de 60, a Coréia era tão desenvolvida quanto o Afeganistão de hoje, segundo Andreas Schleicher. Se o assunto é superação, pulemos para 2010. Em apenas meio século, este mesmo país se torna um exemplo de desenvolvimento econômico e social. No último PISA, aparece com uma das melhores notas. Descobrir como a educação de qualidade se tornou uma marca da sociedade coreana é, sem dúvida, uma missão. E das mais interessantes. Descobrir o quanto podemos aprender e nos inspirar em uma cultura tão diferente é outro desafio. O programa terá como um dos protagonistas os alunos. Por meio do olhar deles, quem está em casa irá conhecer a rotina de 8 horas na escola, as tarefas de casa, a competição em sala de aula, a rigorosa disciplina e o uso da tecnologia como aliada no aprendizado. Nesse enredo, os professores muito respeitados, bem preparados e avaliados periodicamente também entram em cena, ao lado dos pais. E em especial das mães. Sim, elas têm papel importante na formação dos filhos e costumam visitar a escola de 4 a 5 vezes por ano. Para pagar o reforço escolar, fazem inclusive empréstimos. Tanta dedicação tem um preço alto. Chegam a admitir castigos físicos em sala de aula. Mas até onde se deve ir para melhorar o aprendizado? Será que a Coréia está formando adultos ricos e conscientes em conhecimento? Ou apenas profissionais qualificados e exportando mão de obra? Onde entra todo o humanismo de Confúcio nisso? http://www.youtube.com/watch?v=EavGDbIUiEE 

Dezembro 

Dia 01 - (Aula 12) - Análise de países que participam do PISA 

a) Destino - Canadá 
É mesmo difícil ocupar quase 10 milhões de Km². Talvez por isso, enquanto a maioria dos países desenvolvidos fechou suas portas para os imigrantes, o Canadá sempre esteve de braços abertos. Mas não para qualquer um. Na última década, o governo vem concedendo aos estrangeiros com qualificação quase todos os direitos conquistados pelos canadenses. Incluindo ensino de qualidade para seus filhos. Uma forma de compensar a carência por profissionais especializados, especialmente por conta do envelhecimento da população e baixa taxa de natalidade. Num país com duas línguas oficiais e sem Ministério da Educação, pais de alunos estrangeiros falam se o sistema é mesmo universal e avaliam o desempenho de seus rebentos, não muito diferente dos estudantes com certidão de nascimento canadense. Especialistas discutem qual o impacto de uma política de educação descentralizada. Por lá, o que cada província decide com relação a orçamento e currículo é lei. Uma delas é a obrigatoriedade de estudar por pelo menos dez anos em grande parte do território. Falam ainda sobre monitoramento e nivelamento do desempenho das escolas, a cooperação entre elas e sobre a fórmula de incentivar as com baixo rendimento, sem castigo nem palmatória. Será que tudo isso ajudou o país a ficar entre os mais bem colocados em todas as edições do PISA e em outras avaliações internacionais? O espectador vai acompanhar de perto como se tornar professor no Canadá pode ser tão difícil quanto enfrentar o seu inverno rigoroso, apesar de ganharem salários acima da média nacional. E se essas restrições mudam a arte de ensinar e aprender. A partir do dia-a-dia de jovens estudantes canadenses, vai ser possível avaliar o papel da família e se vale mesmo a pena passar mais tempo dentro da sala de aula do que fora dela. http://www.youtube.com/watch?v=Sl7heh6blZY 

b) Destino - EUA 
 O sistema de educação americano oferece uma grande variedade de escolhas para os estudantes internacionais. Há tal variedade de escolas, cursos e locais, que as escolhas podem confundir os estudantes, até mesmo os americanos. Ao começar a buscar uma escola, é importante se familiarizar com o sistema de educação americano. Entender o sistema o ajudará a definir melhor suas escolhas e elaborar um plano de educação. https://www.studyusa.com/pt/a/28/o-sistema-de-educao-americano 

Filme – Waiting for Superman 
Este filme do diretor Davis Guggenheim investiga o sistema de escolas públicas nos Estados Unidos , e revela as muitas maneiras em que a educação na América diminuiu. Em vez de depender em grande parte, estatísticas e opiniões de especialistas, Guggenheim concentra-se em cinco estudantes - Anthony, Bianca, Daisy, Emily e Francisco - retratando suas próprias lutas e triunfos individuais dentro de ambientes acadêmicos atormentado de problemas onde não existem soluções fáceis para a miríade questões que os afetam. https://www.youtube.com/watch?v=ZKTfaro96dg 

Dia 08 - (Aula 13) – Análise do sistema educacional

a) Destino - Cuba 
O Banco Mundial publicou recentemente um informe com os resultados de uma profunda investigação sobre o sistema educativo dos países da América Latina e Caribe apontando também os principais desafios a serem superados. Segundo o documento nenhum sistema escolar latino-americano, com exceção de Cuba, pode ser incluído dentro dos parâmetros que regem a educação de qualidade em níveis globais. Na América Latina o número de pessoas envolvidas na educação básica (pré-escolar, primária e secundária) soma sete milhões e cerca de 20% são de trabalhadores técnicos e professores. Seus salários consomem 4% do PIB do continente e as condições de trabalho variam de um país para outro. Ainda segundo o relatório os educadores são, na maioria, mal remunerados, sendo que 75% são mulheres, todas oriundas de classe social modesta. Também constata que o corpo docente passa dos 40 anos de idade e é considerado envelhecido. Este foi o primeiro país da América Latina a atingir as metas da educação segundo o relatório de monitoramento da Unesco http://www.todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/33289/cuba-e-unico-latino-americano-a-atingir-metas-de-educacao-diz-unesco/ 

b) Destino - Moçambique 
Com a aproximação do ano de 2015, urge apresentar o ponto de situação do cumprimento dos objetivos da Educação para Todos acordados em Dakar. O presente relatório nacional, visa avaliar o trabalho realizado pelo sector da Educação em Moçambique, entre 2000 e 2014, para o alcance dos 6 objetivos da EPT, cuja finalidade é assegurar que todos os cidadãos tenham acesso à educação básica de qualidade, até o ano de 2015. Em 2000, altura em que se adotou a Declaração de Dakar, o país encontrava-se numa situação econômica difícil. Com efeito, apesar do crescimento da economia que rondava os 7% o país debatia-se com um peso excessivo da dívida externa cujo serviço absorvia cerca de 30% do Orçamento corrente do Estado. Na altura, o sector da Educação estava no processo de reposição da rede escolar destruída pela guerra, terminada em 1992. Em 1999, Moçambique tornou-se elegível para participar da iniciativa de alívio à dívida (HIPC) que permitiu libertar fundos para os programas sociais, incluindo programas da Educação. Ao longo do período em análise, o sector definiu 3 áreas prioritárias de ação nomeadamente a expansão equitativa do acesso à educação, a elevação da qualidade de ensino e o reforço da capacidade institucional e de gestão do sistema. Progressos alcançados http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002317/231723por.pdf 

Dia 15 - (Aula 14) – Análise de países que participam do PISA 

a) Destino - Xanga
Xangai até parece um país. Por lá vivem 20 milhões de pessoas. Os números também impressionam no PISA. Uma das províncias mais desenvolvidas da China levou a melhor nota na última avaliação. Com liberdade para inovar e adaptar as rígidas regras do governo, Xangai tem conseguido oferecer uma educação de qualidade excepcional para os seus alunos. Inclusive para os migrantes. E luta para fazer com que seus estudantes sejam cada vez mais formuladores, e não repetidores. Nesse episódio, vamos conhecer estudantes nota 10, pais exigentes, professores pra lá de qualificados. Por lá, a dedicação ao ensino é tão levada a sério que o Estado precisou criar leis e limitar as horas de estudo em casa. Tanto esforço tem bases históricas e culturais: vamos tentar entender o quanto a ênfase nos exames como mecanismo de ascensão social ao longo da história é um fato decisivo na prioridade das famílias à educação. Quem pensa que os professores aposentados querem distância das salas de aula, engana-se. Na nova etapa da vida, eles se tornam tutores. E isso faz tanta diferença quanto as melhores escolas se responsabilizarem pelas piores. Projetos inovadores como este se multiplicam. No lugar onde o mundo aprendeu a se orientar pela bússola, a valorizar a tradição, a cultura, vamos tentar aprender um pouco sobre a arte de transmitir conhecimentos. http://www.youtube.com/watch?v=KsVHLPIid5s 

b) Destino - Finlândia 
 “Todos os nossos recursos naturais se resumem à madeira, água e muito frio. Essa é a nossa receita para [fazer] a melhor Educação no mundo”, brinca o finlandês Jarkko Wickstrom, diretor de Operações da Finland University na América Latina. “A brincadeira com os recursos naturais é só para ilustrar que não foi fácil também chegar onde chegamos. É preciso ter criatividade”, afirma. Reconhecida como modelo bem-sucedido de Educação pública – por quatro anos consecutivos, o país ficou entre os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) – há um lado da Finlândia que é normalmente deixado de fora da conversa. Mas ele nos mostra que mesmo em cenários socioeconômicos conturbados, investimentos conscientes e políticas com continuidade podem fazer a diferença. http://www.youtube.com/watch?v=fIZrEgsjUXE&feature=endscreen 

• Avaliação e entrega dos trabalhos

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Educação EUA

Esperando pelo Super Homem - História da Educação norte americana



O documentário nos lembra que as estatísticas educacionais têm nomes: Anthony, Francisco, Bianca, Daisy e Emily, cujas histórias são a base deste filme. Esperando Pelo Super-homem acompanha cinco crianças norteamericanas e seus pais que desejam obter uma educação pública decente, mas que acabam tendo que entrar em uma loteria, em formato de bingo, para obterem uma boa escola, porque os colégios próximos às suas casas são fracassos estrondosos. O destino do país não será decidido em um campo de batalha, será determinado em uma sala de aula.



O trecho apresenta a história das escolas públicas americanas, desde a década de 70. Inicialmente, retratado pelos filmes, eram os melhores do mundo não só nesta área, mas também na economia. Geoffrey Canada, educador, comenta sobre a entrada da China no mercado mundial e seu atual domínio, e enfatiza que os EUA não estão acompanhando as mudanças do mundo na educação. Tal dado é confirmado pelos resultados dos testes internacionais, nos quais o desempenho do país tem decaído em matemática e linguagem, porém continua crescendo em confiança.



A partir do trecho é possível conhecer e discutir a história da educação dos EUA, a partir da Educação Comparada, desmistificando visões, bem como perceber o crescimento educacional e estabelecer relações com o crescimento econômico de países emergentes, como a China e o Brasil.



Ficha Técnica:Waiting for Superman, Documentário, 111min., 2010. Diretor: Davis Guggenheim


Waiting for Superman


"Um filme que todo o pai ou educador (ou burocrata da educação) deveria assistir.
O sistema público de ensino nos EUA está a pique, gerações inteiras irão se perder. Crianças sendo afastadas de oportunidades de vida, ficando vulneráveis ao que uma existência sem estudos pode acarretar.
O documentário mostra que a receita para mudar os péssimos resultados das escolas públicas é simples: maior carga horária, mais salas de aulas por alunos, mais motivação aos professores. Mas apesar de ser simples, tem-se que lutar contra o sistema...
Há grandes exemplos dos que desafiaram esse sistema em locais onde o nível de aprendizado o mais baixo da região, onde era quase impossível levar algum aluno à Universidade, conseguiu-se que mais de 90% dos seus alunos conseguissem esse feito."

UPLOAD PATROCINADO POR:
NOVACOMUNIDADE.org - O MODELO COOPERATIVO FAMILIAR
MDDVTM.org - MOVIMENTO DE DEMOCRACIA DIRECTA EDUCATIVA

"Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento."
(Carlos Bernardo González Pecotche)
"Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição."

(Simón Bolivar)


Filme -https://vimeo.com/67325868

Por que os estudantes brasileiros foram mal no PISA 2018

Por Elida Oliveira e Ana Carolina Moreno, G1

 


Os resultados negativos do Brasil na edição 2018 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), divulgados nesta terça-feira (3), podem não ser uma consequência apenas da falta de conhecimento por parte dos estudantes que fizeram a prova.

Segundo Naercio Menezes Filho, professor do Insper, em São Paulo, na edição de 2015, a maioria dos brasileiros nem sequer abriu todas as questões para respondê-las. Ele aponta que os estudantes podem desistir da resolução da prova porque encontram dificuldade no nível das perguntas, porque não são estimulados a se dedicar ao teste, ou porque não têm habilidades socioemocionais, como garra e resiliência.

Os dados do Pisa apontam que 68% dos estudantes não souberam o básico de matemática50,1% apresentaram baixo desempenho em leitura 55,3%, baixo desempenho em ciência.

Menezes e outros três pesquisadores publicaram, no ano passado, um estudo com base nos dados do Pisa 2015, a primeira edição em que a prova foi aplicada no Brasil totalmente no computador. Na edição mais recente, a mesma metodologia foi reaplicada.

"Nós descobrimos que os alunos brasileiros vão mal no Pisa em parte porque nem abrem as questões para respondê-las", afirmou Naercio Menezes, do Insper, sobre os dados da edição 2015 da prova.

Pisa - Valorização dos Professores

Por Fabio Manzano e Elida Oliveira, G1

 


O Brasil não conseguiu melhorar o desempenho dos estudantes em leitura, matemática e ciências no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês). A edição de 2018 do relatório foi divulgada na manhã desta terça-feira (3).

O Pisa é uma avaliação internacional da educação com provas que atestam o nível de compreensão dos estudantes com 15 anos. Além dos testes de leitura, matemática e ciência, são também aplicados questionários a estudantes, professores, diretores e escolas e pais. O Brasil participa desde os anos 2000 e, na análise histórica, tem tendência à estagnação do desempenho.

Especialistas ouvidos pelo G1 destacaram a valorização de professores como forma de melhorar o resultado brasileiro. Eles também afirmam que é necessário investir em políticas públicas de longo prazo.

Os resultados do Brasil no Pisa 2018 mostram que a maioria dos estudantes continua no nível abaixo do considerado básico em leitura, matemática e ciências — Foto: Juliane Monteiro e Aparecido Gonçalves/G1

Os resultados do Brasil no Pisa 2018 mostram que a maioria dos estudantes continua no nível abaixo do considerado básico em leitura, matemática e ciências — Foto: Juliane Monteiro e Aparecido Gonçalves/G1

Rosalina Soares, assessora de pesquisa e avaliação da Fundação Roberto Marinho, destaca que, mesmo em crise, é importante que o país invista em educação.

"Em momento de crise, o melhor investimento é em educação. Isso não vai resolver todos os problemas, mas sem ela, não vamos sair de onde nos encontramos", afirma. "Devemos investir em alfabetização na idade certa para que a trajetória escolar seja bem sucedida, investir em creches. O custo total por aluno, por município, ainda é muito baixo" – Rosalina Soares, da Fundação Roberto Marinho

Para o diretor de políticas educacionais do Todos Pela Educação, Olavo Nogueira Filho, a estagnação vem desde 2009 e está em "um patamar muito baixo". Segundo ele, ficar estagnado não é em si um problema e outros países passaram por isso, mas ele considera que o Brasil "bateu no teto muito cedo".

"O que nos diferencia dos países com alto desempenho [no Pisa] é que não colocamos ainda a profissão docente e políticas para estes profissionais como ponto central" – Olavo Nogueira Filho, do Todos pela Educação

Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, destaca a falta de continuidade nas políticas públicas brasileiras. Ele cita casos como o do estado do Ceará, que está avançando nos índices de educação investindo na alfabetização de crianças, e da Paraíba, que está focando em escolas de tempo integral.

"O Brasil vem ampliando o investimento desde 2015, principalmente nos exames finais e no ensino médio, mas a descontinuidade tem atrapalhado o país. O Brasil tem experiências fabulosas no campo da educação, mas está restrito a alguns territórios e estados. Isso deveria ser ampliado" – Mozart Neves Ramos, do Instituto Ayrton Senna

Já Ana Lúcia Lima, fundadora da Conhecimento Social e organizadora do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), destaca que o domínio da leitura poderia garantir aos jovens a redução da desigualdade social.

Os novos dados do Pisa trazem, mais uma vez, um importante alerta: o crescente avanço na escolaridade de nossas crianças, adolescentes e jovens não tem sido suficiente para assegurar o domínio de habilidades de leitura que permitam seu desenvolvimento individual e a construção de uma sociedade menos desigual e mais preparada para os complexos desafios dos nossos tempos", afirma.

"Mais do que comparar os resultados do Brasil com o de outros países em rankings de duvidosa utilidade, é preciso pensar que nossos meninos e meninas que participam do Pisa hoje aos 15 anos terão trajetórias de vida menos potentes do que aquelas asseguradas aos cidadãos dos países que nos superam. Até quando vamos conviver com essa realidade sem assumir, como sociedade, a responsabilidade por virar esse jogo?” – Ana Lúcia Lima, organizadora do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf)

Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, afirma que a solução dos problemas da educação no Brasil não tem somente uma resposta, mas o investimento na educação infantil "é uma estratégia fundamental".

"Há inúmeras pesquisas feitas em diferentes países que demostram o impacto da educação infantil de qualidade para a aprendizagem nas etapas seguintes da educação. É uma 'janela de oportunidades'. É nessa fase que se formam as bases de aprendizado que serão utilizadas ao longo de toda a vida. Nesta fase da vida, a evolução do cérebro ocorre em uma velocidade incrível – mais de 1 milhão de conexões por segundo" – Mariana Luz, da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

Ela cita James Heckman, prêmio Nobel de Economia do ano 2000, cujos estudos mostram que uma educação infantil de qualidade tem efeitos no desenvolvimento emocional e cognitivo ao longo de toda a vida. Outro estudo que ela destaca é o da Associação Americana de Pesquisas Educacionais, de 2017, que revelou que o acesso a uma pré-escola de qualidade diminuía em oito pontos percentuais a reprovação no ensino médio, e aumentava em 11 pontos a conclusão desta etapa nos Estados Unidos.

Outro estudo, feito na Etiópia com crianças beneficiárias do programa Save The Children, mostrou que as crianças mais pobres que frequentaram a educação infantil tiveram um ganho de 42% em linguagem. As de classe média, 34%, e as de classes mais altas, 25%.

Ya Jen Chang, presidente do Instituto Sidarta, que aplica no Brasil o programa Mentalidades Matemáticas da Universidade de Stanford, afirma que uma das hipóteses que podem explicar o baixo resultado na avaliação em matemática é o modo como se enxerga a disciplina. "Acredita-se que matemática é um dom, para poucos. Mas é possível aprender matemática em alto nível", diz.

"O ensino da matemática no Brasil é focado nos procedimentos e na memorização, o que não eleva a aprendizagem e ainda gera alto nível de ansiedade. A matemática deve ser apresentada de forma aberta, criativa e visual, compreensível e aplicável. Em vez de perguntar à criança quanto é 18x5, que tal descobrir de quantas formas diferentes se chega ao resultado de 18x5? E representar visualmente as soluções? É uma matemática mais profunda, que inclusive desafia a ideia de que é preciso ser rápido para ser bom em matemática" – Ya Jen Chang, do Instituto Sidarta

Ricardo Henriques, ex-secretário Nacional de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério da Educação e atual superintendente do Instituto Unibanco, diz que a solução para a educação está na gestão e formação de professores.

“O relatório da OCDE mostra que os países que investiram no combate à desigualdade e ofertaram um ensino de excelência para toda a população foram os que mais se destacaram no Pisa. A solução para a Educação não virá de fórmulas mirabolantes, mas de atuação eficiente no ordinário da educação, ou seja, gestão, orçamento, infraestrutura, formação de professores e condições de trabalho. O caminho da transformação é ofertar excelência com equidade para todos” – Ricardo Henriques, do Instituto Unibanco